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Querida felicidade,
Poderia começar por dizer-te que passo a vida a perder-te, mas como posso dizer isso se na verdade nunca te tive realmente? A única coisa que tenho de ti são pequenos fragmentos e mesmo esses passam o tempo todo a fugir-me por entre os dedos. Bem tento segurá-los, guardá-los comigo para sempre mas eles fogem, fogem sempre. Pergunto-me porque nunca queres nada comigo, talvez eu não mereça, talvez esteja condenada a esses fragmentos que por mais que queira nunca me vão completar. Posso parecer egoísta ao querer-te para mim, mas tu podes ser de todos aqueles que lutam por ti. E eu luto. Tenho sempre esperança que um dia chegues até mim e fiques aqui para sempre, e essa esperança é o único motivo que me faz continuar a lutar.
Eternamente à tua espera,
Eu.
Mudei o visual outra vez, ando a fartar-me muito rápido dos visuais. Acho que ainda ando à procura do visual perfeito, mas o pior é que dizem que a perfeição não existe. Então...
Espero sinceramente que este visual fique aqui bastante tempo. Tinha pensado em só mudar quando tivessemos próximos da chegada do outono e pôr um visual de acordo com a estação. Mas pronto, mudei já, considerem este visual como outonal. Sei que não é, mas faz de conta.
Também mudei a música. Cristina Perri - Jar of hearts.
Olhava para aquele espelho que reflectia um rosto que não era o seu. Fora seu outrora, agora já não. O rosto lá reflectido era jovem e inocente, não conhecia o mundo que a rodeava. Eram tempos mais fáceis em que tudo parecia fácil, para cada problema a solução estava logo escrita por baixo. Agora o seu rosto estava velho e triste. Os seus olhos encovados e vermelhos de tantas lágrimas derramarem. Os seus lábios perderam os sorrisos de outrora. Olhava para o espelho e sentia-se cada vez pior, porque o espelho reflectia tudo aquilo que ela fora e que jamais teria de volta. Porque agora o nada é tudo aquilo que lhe resta.
"... São poucas as pessoas que realmente amo, e ainda menos aquelas de quem tenho boa opinião. Quando mais observo o mundo, mais insatisfeita me sinto a seu respeito. E todos os dias confirmam a minha crença na inconsistência do carácter humano e na pouca confiança que pode ser atribuída à aparência de mérito ou sensatez..." Elizabeth Bennet
Orgulho e Preconceito
Caminhava pela rua, o chão que pisava estava coberto de espinhos. Espinhos que eram toda a maldade que existia ao seu redor. Magoavam-lhe os pés mas por mais que ela quisesse fugir dali não conseguia, para cada lado que olhasse a maldade estava lá. Não conseguia evitar as lágrimas e então chorava perante tudo aquilo. Que mais podia fazer? Apenas continuar a caminhar. A caminhar sempre na esperança de um dia o chão estar limpo, tão limpo que ela conseguisse ver o seu rosto lá reflectido.