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340:: asas para poder voar

por lostdreams, em 29.09.11

Por vezes queria ter asas para poder voar. Voar para longe de tudo aquilo que a rodeava, voar para um novo mundo, onde pudesse ser outra pessoa que não ela. Ter outras coisas que não as suas. Conhecer pessoas que nunca tinham visto até então. Dava por si a imaginar mil e um mundos diferentes onde gostaria de viver e em nenhum deles estava presente a sua vida de agora. Queria que esta sua vida ficasse para trás, esquecida ou como se nunca tivesse existido. Queria algo diferente para si. Queria começar de novo. Queria apenas voar e sair dali.

 

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338:: frágil

por lostdreams, em 25.09.11

"Podemos dizer a nós próprios que estaríamos dispostos a perder tudo para ter uma coisa que desejamos. Mas é um paradoxo: todas essas coisas que estamos dispostos a perder são o que nos definem. Se as perdemos, perdemo-nos a nós próprios."

 

Frágil, Jodi Picoult

 

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337:: anjo

por lostdreams, em 23.09.11

Fitava aquele anjo parado mesmo à sua frente. Por mais que quisesse desviar o olhar não conseguia deixar de admirar o seu rosto perfeito. Perfeito mas contorcido de dor. Porquê? Perguntava-se ela em silêncio. O anjo apenas chamava o seu nome, vezes e vezes sem conta o seu nome era repetido por aquela voz de veludo. Enquanto chamava o seu nome, derramava lágrimas silenciosas que saiam dos seus olhos enormes e cinzentos. Porque chorava ele? E porque chamaria por ela? Fitava-o sem saber o que fazer e mesmo por baixo daquelas lágrimas o seu rosto era belo. De repente o anjo começou a desvanecer e ela estendeu a mão para o poder alcançar, mas não havia nada, apenas o vazio. Abriu os olhos para a escuridão do seu quarto, não havia ali anjo nenhum. E nunca tinha havido, fora apenas mais um sonho.

 

 

Nova música no blog: Jason Walker - Echo

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336:: lua

por lostdreams, em 21.09.11

Deitada na cama via tudo à sua volta apenas banhado pela luz que irradiava da lua que espreitava pela sua janela. Naquele dia a lua estava mesmo ali à sua vista, como se olhasse para ela, como se quisesse iluminar a sua noite tantas vezes escura. Sem saber bem porquê levantou-se fitando a lua e aproximou-se da porta do seu quarto abrindo-a. Antes de sair voltou a olhar para a janela desejando que quando chegasse lá fora a lua ainda continuasse no céu. Caminhou em silêncio pelos corredores escuros e vazios até chegar à porta que dava para a parte de trás da sua casa. Abriu-a silenciosamente e saiu lá para fora reparando na repentina claridade deixada pela lua. Foi até ao velho baloiço, iluminado pela luz vinda do céu, que havia no meio do jardim e sentando-se lá olhou para a lua e viu que naquela noite estava mais brilhante. Deixou-se ficar ali sem tirar os olhos do céu. Fazia-a sentir-se no centro do mundo, banhada pelo brilho daquela enorme bola brilhante.

 

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335:: fantasmas do passado

por lostdreams, em 19.09.11

É perseguida pelos fantasmas do passado. Olha para trás e estes estão sempre lá, fecha os olhos na esperança de que quando os abrir eles já não estejam mais, mas estão sempre. Quer fugir e esquecer aquele passado que teima em persegui-la, quer esquecer aquilo que foi outrora, num tempo não muito distante mas que para ela parece que foi já numa vida passada. Quer fechar aquela outra vida numa gaveta à chave, uma gaveta que jamais será aberta. E espera assim, que com o tempo tudo mude, espera conseguir esquecer aquelas memórias que não quer recordar. Aquelas memórias preenchidas pelos fantasmas do passado.

 

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