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Deitada na cama via tudo à sua volta apenas banhado pela luz que irradiava da lua que espreitava pela sua janela. Naquele dia a lua estava mesmo ali à sua vista, como se olhasse para ela, como se quisesse iluminar a sua noite tantas vezes escura. Sem saber bem porquê levantou-se fitando a lua e aproximou-se da porta do seu quarto abrindo-a. Antes de sair voltou a olhar para a janela desejando que quando chegasse lá fora a lua ainda continuasse no céu. Caminhou em silêncio pelos corredores escuros e vazios até chegar à porta que dava para a parte de trás da sua casa. Abriu-a silenciosamente e saiu lá para fora reparando na repentina claridade deixada pela lua. Foi até ao velho baloiço, iluminado pela luz vinda do céu, que havia no meio do jardim e sentando-se lá olhou para a lua e viu que naquela noite estava mais brilhante. Deixou-se ficar ali sem tirar os olhos do céu. Fazia-a sentir-se no centro do mundo, banhada pelo brilho daquela enorme bola brilhante.