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Decidi começar aqui no blog uma espécie de rúbrica, em que no final de cada mês, vou escolher algumas fotografias que meti durante esse mês no instagram e vou postá-las aqui. É do género de resumir o meu mês em fotografias. Espero não me esquecer de no final de cada mês fazer sempre isto e espero também que gostem.
(o link para o meu instagram está ali do lado direito, ao fundo)
Eu lembro-me que doía. Olhar para ela doía.
Passei os dedos pelo meu pescoço, e assim que os meti em frente aos meus olhos, estavam cheios de sangue. Era vermelho vivo e só de olhar eu sentia náuseas e vontade de vomitar. Afastei os dedos do meu rosto numa tentativa de evitar que aquele cheiro se entranhasse no meu nariz, e de seguida levantei-me do chão duro para onde tinha sido atirada quando ali cheguei. Cambaleei, meio tonta até uma ponta mais distante daquele lugar, onde sabia que a minha irmã estava. Os gemidos de dor dela, eram bem audíveis e por isso não foi difícil conseguir alcancá-la, apesar da escuridão que me impedia de ver muito mais que alguns centimetros à minha frente.
- Claire. - chamei num tom de voz baixo e frágil e sentei-me no chão ao lado dela. Ela contorcia-se de dores, e eu sabia que não tardaria o corpo dela ia parar de se mexer, pelo simples facto de que ela iria morrer, ali.
- Vou morrer... - ouvi a voz dela, ainda mais frágil do que a minha e não mais alta do que um pequeno múrmurio. Abanei a cabeça, repetidas vezes. Doía tanto olhar para ela, era ainda pior do que todas as dores que eu estava também a sentir naquele momento. Não queria saber de mim para nada, apenas queria que ela ficasse bem.
- Não vais nada. - disse com convicção. Eu sabia muito bem o que tinha de fazer para que aquelas dores desaparecessem e a minha irmã ficasse boa. E por muito que me custasse eu ia ajudá-la.
Deitei-me ao seu lado no chão frio e, encostei o meu pescoço que estava cheio de sangue, à sua boca. Ela apenas precisava de sangue para conseguir sobreviver. Já sabia à algum tempo que o mundo em que viviamos tinha sido invadido por vampiros, ao ínicio, não tinha acreditado em nada dessas histórias, mas com o passar do tempo fui descobrindo que eram verdade. E ali estava uma prova viva disso, ambas tinhamos sido mordidas por vampiros e para sobrevivermos tinhamos de beber sangue humano, para assim completar a nossa transformação. Não havia ali ninguém para me salvar a mim, mas eu podia salvar a minha irmã deixando-a beber do meu sangue.
- Bebe. - ordenei-lhe forçando-a a colar mais a sua boca ao meu pescoço. Não tardou a que ela fizesse o que eu tinha pedido. Preferia que me doesse a mim do que a ela, pois isso magoava menos.
Quote sugerida pela Sara ♡
Também me inspirei um pouco em The Vampire Diaries, a série que me anda a viciar neste momento ahah
Amanhã volto à escola para o 2º semestre e espero que para os últimos meses de aulas, definitivos. Depois, adeus escola!
A única coisa de que preciso, é de sorte.
Boa semana para vocês.
ps: ainda tenho uns textos para escrever de imagens que me mandaram, mas ultimamente ando pouco inspirada. A ver se entretanto os escrevo e depois posto.
Eu sabia que as coisas nunca caiam do céu, infelizmente tinhamos sempre de lutar por aquilo que queriamos, caso contrário nunca teriamos nada. E era exatamente isso que eu pretendia fazer desta vez. Já tinha ficado muitas vezes a ver as coisas passarem mesmo em frente aos meus olhos e eu, feita parva, tinha apenas ficado a assistir.
Descalcei os meus sapatos assim que cheguei ao areal da praia, e depois caminhei sobre a mesma até chegar mais perto da linha onde o mar começava. Sentei-me na areia, arrepiando-me quando a água atingiu ao de leve parte dos meus pés.
- Julie. - olhei para trás assim que ouvi aquela voz. Era o Jake, e tinha vindo até ali ter comigo tal como eu lhe tinha pedido.
- Olá... - sussurrei num tom de voz baixo, desviei o meu olhar novamente para o mar para não ter de fitá-lo. Era difícil e toda a coragem que tinha arranjado, parecia que me fugia por entre os dedos.
- O que me querias contar? - perguntou ele e senti uma leve brisa passar por mim assim que ele se sentou na areia, ao meu lado, e o seu braço tocou ao de leve no meu.
Engoli em seco e fiquei apenas em silêncio por momentos. Eu ia mesmo declarar-me ao rapaz que eu dizia que odiava? Sim, porque supostamente nós sempre nos tinhamos dado mal. As suas provocações irritavam-me de tal maneira que eu passava-me toda sempre que tinha de falar com ele. Mas isso era ao início, pois, com o passar do tempo os meus sentimentos por ele tinham mudado e aquela história do "amor-ódio" sempre era verdade, pois tinha acontecido comigo. Mas eu tinha de fazer aquilo, não podia adiar mais. Se queria algo que nunca tive, tinha igualmente de fazer algo que nunca fiz. Olhei por fim para ele e ganhei toda a coragem de que precisava.
- Eu gosto de ti. - disse fitando cara traço do seu rosto. - Mais que isso até, eu estou apaixonada por ti. - consegui que aquelas palavras saissem da minha boca sem sequer pestanejar.
- Tu...? - ele começou a falar e pela sua cara eu percebia que devia era ter ficado calada.
- Desculpa. - mordi o lábio e insultei-me mentalmente. - Eu sei que isto não devia ter acontecido, aliás, nem faz sentido. - como é que havia de fazer? Suspirei e parei de falar quando o senti agarrar-me no braço.
- Faz todo o sentido. - ele disse apenas estas palavras e, seguidamente, senti os seus lábios contra os meus.
Quote sugerida pela itstoocoldoutside
Limpar as lágrimas, levantar a cabeça e continuar em frente como se tudo estivesse bem.